A simplicidade me conforta

Desperto.
Bom dia!
Como estou?
Tenho consciência do todo ao meu redor.
Abro a porta para o mundo.
Envolvo – me com a harmonia inebriante do dia.
Respiro e decido o caminho.
Pulsa a avenida central.
O horizonte está no final da linha reta.
O paraíso é o Jardim Esmeralda.
A cada passo,
o antropizado espaço me enriquece.
Janelas me observam silenciosas.
Casas conferenciam sobre os acontecimentos noturnos.
Vultuosas árvores conjugam o verbo no pretérito e
revivem memórias.
A percepção das vivências eleva a alma,
sinto – me plena.
Atravesso a passarela florida,
o aroma matinal me acolhe e
permaneço aliviada.
Um belo quintal ainda reina vitorioso,
nele vislumbro uma mulher a proteger a laranjeira florida.
Crianças ,
Oh crianças do porvir!
Saem do ostracismo e
brincam sobre a fresca gramínea na manhã primaveril.
Entre os edifícios que tocam o céu,
há os cafés a emanar magia.
O som agradável dos discursos,
ressaltam a sabedoria de outrora.
Observo um leitor apaixonado e me encanta o momento.
Sigo em frente.
Contemplo.
Reflito.
Sorrio.
Prossigo.
Interajo com tudo, é sublime.
Ouço o chilro cadenciado dos pássaros
à procura de uma pousada para as noites.
De galho em galho, favorecem o espetáculo da natureza e
poetizam o valor da vida.
Capto o dialeto da esperança a cada minuto.
Minha jornada matinal é batalha contra a estagnação,
fortalece – me e assim,
supero os desafios em busca da verdade.