Naquele frasco cheio de versos
Trilhas sonoras
Cenas de um clichê romance de cinema
Sem perceber, enchi-me de doses diárias
de um devastador veneno
que por ora matou meu coração.
O único Antídoto era você!
Aquilo que mata aos poucos
Que nos enche de dor
Eu aprendi em oração colocar ao criador
Quem nunca esteve na oração de alguém,
Ainda não viveu o real amor.
O antídoto chegou, não como pensei!
Vesti-me, para mim!
Enchi-me do eu, que há muito não existia.
O banho demorado, o olhar para as estrelas,
O canto do pássaro na janela, sentir a grama molhada
água de coco e ouvir o som do mar
A brisa do orvalho, aquele café ao acordar.
O espelho… Ahh como ele fala!
Sobre o que vi?
Alguém inteira, completa, cheia de graça!
Sem metades, sem farelos, sem restos.
Voltando-me, ao meu encontro.
O antídoto estava bem ali…
Envolta de coisas reais
Coisas que jamais se vão
Com energias iguais,
Que preenchem o coração.
Além do antídoto, vacinada estou
Em busca da verdade, pois o verdadeiro
Permanece inteiro.
Está em mim, jamais me vou.
Diane Vasconcelos