Com as mãos em forma de concha
Sentada com a coluna ereta
Inspirando o que é de mais sagrado, deixo de pens(AR).
Passo a sentir ritmadas as batidas do coração
Que no tum-tá anunciam a chegada da grande presença
Que presença é essa que me faz enxergar com os olhos livres
Que me instala na vida e me deixa conectada no lugar mais seguro do mundo?
Passo a ouvir o silêncio. Atenta ao que ele tem a dizer.
Nada ouço, meu coração dispara. O que não estou vendo?
Inspiro pausadamente, profunda e completamente.
E o escuto de novo.
Dessa vez – sou um receptáculo que recebe a graça do presente.
E compreendo o Tempo.
Medit-AR.
Respir-AR.
Entregar-AR
Me entrego.
Já não sei quanto tempo se passou. Se foram 4 minutos, 4 horas, algumas vidas.
Compreendo o Tempo. Pois estou imersa à dádiva e graça no Presente.
E no Presente é onde tudo acontece.
Faço as pazes com a temporalidade.
E me despeço gentilmente da magia que é silenciar.
Desperta, viva e conhecendo a paz.