Tem sido assim, dia após dia: eu e ela, lado a lado, mergulhadas entre lápis de cor, páginas brancas e mundos que inventamos juntas. Pintar livros de colorir virou mais do que uma brincadeira — é nosso ritual sagrado. É onde nos encontramos de verdade, sem pressa, sem distrações, só nós duas e o silêncio doce que mora na companhia uma da outra.
A cada escolha de cor, minha pequena me mostra seu universo, e eu me vejo redescobrindo o meu. Entre um contorno e outro, nossa conexão se fortalece. Eu deixo de lado a correria do mundo adulto e mergulho no tempo dela — mais leve, mais colorido, mais presente.
Criatividade virou nossa linguagem secreta. Amor, nossa régua. E é regida por esse amor que tenho tirado tempo, de verdade, para estar ali. Para pintar o mundo dela e o meu com as cores mais bonitas que podemos imaginar juntas. Porque no fim, mais do que as páginas preenchidas, o que fica mesmo é esse laço que criamos feito de afeto, arte e a certeza de que os momentos simples são os mais eternos.