Intuição é a voz de Deus no seu ouvido.
Só que pode ser confundida com neurose, um dia me deixei acreditar que ela não existia, e que sim…talvez eu fosse neurótica.
Mas só se ouve Deus intuir quando ficamos em silêncio, e eu sempre tive dificuldade em ouvir sem interromper, mas ao mesmo tempo facilidade em absorver o abstrato.
Silenciei.
Mas as energias são tão perfeitas que me obrigaram a acolher as intuições persistentes…e me descobri imperfeita a ponto de aceitar e ser grata a todas situações.
Respirei profundamente ao me deparar com tudo que perdi ao longo dessa jornada quando decidi ouvir minha intuição.
A famosa catarse.
O que é perder?
Perder, particularmente, na minha experiência foi me desatar daquilo que meu ego queria, mas que não era divino e essencial.
Lidar com a catarse dói, machuca e te põe em estado de angústia, mas quando você está consciente do que te move ao “ALTO”, você se curva ao “BAIXO”.
É nessa hora que você deixa a intuição fluir.
Geralmente o mundo acredita só naquilo que se pode ver, e eu decidi sair do que eu vejo para acreditar naquilo que eu sinto, e sendo bom ou ruim, eu acolho, nem sempre eu entendo, mas eu entrego.
Às vezes entrego no grito, no choro, na indignação, mas eu procuro sentir exatamente com clareza a emoção consequente gerada em mim a qualquer que seja a situação, assim como, se eu rio ou gargalho, se eu demonstro carinho ou amor, danço ou canto, é exatamente o que eu estou sentindo.
Entregar é soltar, é respeitar suas próprias sensações, sem se enganar. Pois quando você transparece o real, o verdadeiro som “mudo” grita no seu coração.
Aí, é você e Deus.
Só.
Pois basta.