Quero a felicidade que mora no agora,
no toque leve do vento, no sol morno do dia,
na fé que se renova a cada amanhecer.
Quero olhos atentos ao que realmente importa,
sem pressa, sem medo, sem distração.
Quero aprender a agradecer os dias cinzentos,
porque até eles ensinam, transformam
e nos moldam em versões mais fortes de nós mesmos.
Quero nunca esquecer que a verdadeira riqueza
não está no que se compra,
mas no que se guarda no coração.
Quero criar laços que o tempo não leva,
colecionar instantes que não cabem em fotografias,
viver cada momento como se fosse o último,
porque, no fundo, sempre é.
Quero ser abrigo, ser presença,
saber a hora de falar e, mais ainda, a de ouvir,
pois o verdadeiro sábio é aquele que entende
que nunca saberá tudo.
Quero que minha essência transborde,
primeiro em mim, depois no mundo.
Não por egoísmo, mas porque o amor
precisa nascer dentro de nós
antes de alcançar o outro.
E, quando a vida me perguntar o que fiz,
quero ter a alma leve para responder:
eu amei, vivi, errei, aprendi, evoluí e transbordei um pouquinho de mim por onde passei.