É que belezas no meu rio corre
voam pássaros livres e cantores
abrem nos campos as lindas flores
e o inverno do meu peito morre.
A venturosa vida percorre
nas estações primorosas cores,
palpita o peito
bendiz amores
d’onde o fulgor e o orvalho escorre.
Bravo é o mar, mas serena é a bruma
e esta luz diáfana do sol risonho
que desperta os desejos e perfuma.
Em minh’alma canta o mais belo sonho
que outrora sorria e agora espuma
as alegrias… que do querer transponho!